No Carisma Nova Aliança, as Formas de Vida são o modo de fazer a vontade de Deus e estão alicerçadas no amor doação. Este é o modo primordial e pleno de amar, sendo, portanto, o princípio de unidade entre as formas de vida no Carisma.

  Imbuídos desse amor, o doar-se pelo Reino de Deus os santificará segundo o específico da forma de vida de cada irmão, e o ser se realizará ainda mais plenamente e a entrega se tornará total. No Matrimônio, chama-se a doação de forma unitiva, no Celibato de forma indivisa e no Sacerdócio de forma oblativa.

   O amor é o sentido único das formas de vida e são dadas por Deus como um dom, como carisma (cf. 1 Cor 7, 7) para que, por meio delas, sirvam a Deus, à Igreja e à humanidade. A forma de vida não é um fim em si mesma, mas um meio. Também nela – como em toda a identidade – Deus inscreveu a capacidade e a responsabilidade de amor e de comunhão. A forma de vida é dada para o amor, sendo necessário ordená-la para tal.

Vocação Matrimonial

   O Matrimônio é um chamado que se manifesta na identidade mais profunda. Na Nova Aliança, ele é um ato de amor doação de forma unitiva, no qual pode-se contemplar a total entrega de Cristo por amor à sua Igreja. 

  Por esta razão, os cônjuges são chamados a ser sinal do amor trinitário, assim como a Trindade relaciona-se em profunda comunhão de amor, o casal Nova Aliança na Comunidade de Vida e de Aliança torna-se, para o mundo, profecia do amor trinitário em seu matrimônio.

  Os esposos, pela graça do Matrimônio, tornam-se um para o outro mediadores do amor de Deus dentro da família, porém, dentro de nossa vocação Nova Aliança eles são chamados a não se fecharem em si mesmos, mas a deixarem transbordar na fraternidade com os demais irmãos, dentro do seio comunitário, o amor que nutrem um pelo outro e também pelos filhos que o Senhor lhes confiar.

 

Vocação Celibatária

   O Pai, em seu infinito amor, escolhe filhos para que, através de um chama[1]mento de eternidade, possam amá-Lo acima de todas as coisas, concedendo-lhes o dom da virgindade ou do celibato. Esses filhos escolhidos se consagram a Ele com indiviso coração e generosidade de alma. A Comunidade, por sua vez, com benevolência e gratidão, acolhe a totalidade dessa alma entregue no seio comunitário.

   Os celibatários, dentro do Carisma, são chamados a darem suas respostas de filhos de maneira indivisa e sem restrição alguma no Amor Doação, profetizando, com a oferta de seu ser, especialmente aos mais pobres de amor ou que pelo menos se sentem assim, aquilo que serão no céu. Com gratidão, cada irmão (ã) celibatário (a) responde de corpo e de coração casto ao dom gratuito de Deus, que, escolhendo para si, faz compreender a preciosidade da continência perfeita “por causa do reino dos céus” (Mt 19, 12a; Lumen Gentium 42).

 

   A vocação Nova Aliança, em conformidade com o Magistério da Igreja, entende que o celibato professado por causa do reino dos céus há de ser apreciado como insigne dom da graça, pois libera, de modo singular, o coração do homem para inflamar-se na caridade para com Deus e para com os homens todos (cf. Perfectae caritatis 12). Desta forma, o celibatário (a), no Carisma, tem uma vida totalmente entregue a Deus, aos irmãos e a obra de evangelização e sua dedicação ao Senhor o conduz a uma experiência profunda de amor e renúncia de si, sendo que essa entrega em sacrifício é o que o torna sempre mais fecundo espiritualmente.

Vocação Sacerdotal

A consciência e o acolhimento de ser Filho Nova Aliança Sacerdote devem permear todo seu ser, seu pensar, seu agir, seu viver, pois integra o seu constitutivo ontológico, que está impresso em sua vocação. Ser e viver como filho lhe da uma autoridade no Carisma que torna fecunda sua missão dentro da Comunidade e junto à Comunidade. Esse movimento passa pela graça que é comum a todos os membros, mas que na vida do sacerdote Nova Aliança tornar-se-á ainda mais necessária e evidente, devido à sua configuração com Cristo Sacerdote.

Eles trazem consigo a graça de ministrar os sacramentos no seio comunitário e no apostolado, sendo fomentadores da Espiritualidade filial, nutrindo as almas para configurar as vidas com o Filho Cristo Jesus e, uma vez alimentados, desempenham juntos a missão na Igreja.

Este modo de viver a doação amorosa será no Amor Oblativo e na imolação de si, sendo oferta total. No lava-pés, o amor Oblativo de Jesus transborda de maneira humilde no serviço, no perdão e na misericórdia; amor este manifestado pelo sacerdote aos seus irmãos, iluminando, com isto, a sua vida e seu ministério.