Você já se questionou sobre o chamado de Deus para sua vida? Já sentiu-se atraído ou chamado por Deus a uma vocação específica? Chamado a quê? Para quê? Já parou para pensar que você tem um chamado?

Desde o dia 20 de novembro de 2022 até o dia 26 de novembro de 2023, a Igreja está promovendo o terceiro ano vocacional no Brasil com o tema: Vocação: Graça e Missão e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33), inspirado no Documento Final do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. A iniciativa comemora os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país.

O tema “Vocação: Graça e Missão” se fundamenta na afirmação de que “a vocação aparece realmente como um dom de graça e de aliança, como o mais belo e precioso segredo de nossa liberdade”, conforme o Documento Final de nº 78. Já o texto bíblico iluminador “Jesus chamou e enviou os que ele mesmo quis (cf. Mc 3, 13-19)” ajuda a aprofundar que a origem, o centro e a meta de toda a vocação e missão é a pessoa de Jesus Cristo.

Contudo não se pode pensar neste ano apenas como um movimento da Igreja para motivar jovens a povoar seminários, congregações, institutos e novas comunidades, se for assim há o risco de não se compreender aquilo que é a vontade de Deus para cada um de forma pessoal. 

Facilmente poderia se pensar: “que bonito a Igreja estar motivando as vocações! Irei rezar para que Deus chame muitos para sua messe!”. No entanto a mesma pessoa que aprecia e reza pelas vocações pode não ter percebido que ela seja a pessoa a quem Deus chama para seguir os Seus passos.

Não são poucos os corações que vivem em um estado “anestesiado” perante o chamado de Deus, tendo um pensamento equivocado: “Cristo chama a todos, todos os outros, Ele chama a qualquer um, menos a mim”.

Essa postura, diante do chamado de Deus, pode revelar muitas realidades, principalmente a imagem que cada um carrega acerca de si mesmo, por exemplo, achar-se insignificante para Deus, ou que não se é bom suficiente para responder a tal chamado ou que nada se tem a oferecer a Jesus.

O fato é que muito desse descomprometimento, diante do chamado de Deus, nada tem haver com o próprio Deus, mas sim consigo mesmo, muitos podem ainda não ter se encontrado verdadeiramente com Jesus. Por isso há duas coisas importantes que estão nos evangelhos e que precisamos entender: uma é acerca do chamado de Cristo e a outra é sobre a nossa resposta.

Ele chama quem Ele quer!

Quando se trata de Jesus, algo que deve-se deixar pelo caminho é qualquer tipo de conceito preestabelecido, cálculo, estatística, nem mesmo qualquer algoritmo poderia estabelecer um padrão para quem Ele quer chamar. 

O próprio evangelho atesta isso quando Jesus chama os 12: “Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele” (Cf. Mc 3, 13) . É Ele quem chama, é Ele quem escolhe aqueles que quer. Ele não fica analisando os melhores e desprezando os piores, apenas chama. Se fôssemos analisar as personas dos doze, poderíamos não fazer a mesma escolha que Jesus, no entanto Ele é Deus e conhece os corações, vai além de qualquer limite, pois seu chamado é uma graça que sustenta para estar com Ele. 

Chamados para estar com Ele

Neste chamado a primazia é o “estar com Ele”. Na tradução da Bíblia Ave Maria se diz: “Para ficar em sua companhia”. Em um mundo tão ativista, tão superestimulado pelos meios de comunicação, como a internet, e o entretenimento sendo a palavra que rege o relacionamento virtual social, o estar com Jesus parece pouco e até mesmo perca de tempo. 

Até mesmo quando se fala em seguir uma vocação religiosa, por exemplo, uma das primeiras coisas que alguns pensam é: “o que irei fazer para Jesus? Em que irei trabalhar pela sua Igreja”? Todavia, posso afirmar com minha própria experiência que, as obras pelas obras não sustentam nosso coração. Acima de qualquer coisa deseja-se encontrar, a todo momento, com o olhar de Cristo, que nos conhece pessoalmente e nos ama profundamente. É o estar com Ele que conta e que dá todo significado a realizar o que fazemos.

O Olhar de Jesus

Um outro ponto importante para se compreender a vocação é que, embora Cristo estivesse cercado de muitas pessoas, até mesmo de multidões, essa realidade nunca roubou algo que marca a Pessoa de Jesus: O olhar pessoal.

Jesus, em toda sua vida, sempre tratou cada pessoa de maneira singular, não como parte de uma grande multidão. Com os discípulos não foi diferente, Ele fez um chamado íntimo. No chamado de Mateus, por exemplo, é possível ver isso com profunda clareza. 

Mateus quando fala de seu chamado escreve apenas um versículo, que traduz a profundidade daquele momento: “Jesus viu um homem chamado Mateus, que estava sentado no posto de pagamento das taxas. Disse-lhe: “Segue-me”. O homem imediatamente levantou-se e o seguiu” (Cf. Mt 9,9).

“Imediatamente, levantou e o seguiu!”

Algo que fico fascinado com o chamado de Mateus é o fato dele não ter omitido que era publicano, um judeu que trabalhava para o império Romano cobrando impostos de seus conterrâneos. Essa realidade, sem dúvida, não era fácil para ele, ser tratado como um traidor de seu povo. Contudo Jesus não viu apenas um publicano, “viu um homem”, Ele viu Mateus, e enxergou o coração dele, não era o traidor mesmo que as circunstâncias dissessem isso. Cristo atraiu Mateus com seu chamado, a ponto de, imediatamente, ele deixar tudo, levantar-se de seu posto e segui-Lo.

Em um mundo tão permeado de ideologias de massas que levam os homens a “performar”, a “escalar a produção”, em Mateus encontramos o olhar de Jesus que encontra o mais profundo de quem somos, o que está por trás de todos os esquemas montados; é o Seu olhar que nos faz perceber que há algo que nos falta, e o que nos falta é Ele.

Que neste ano vocacional possamos lançar não apenas um olhar para fora, para as estruturas eclesiais, o desafio maior é olhar para dentro de si e se questionar: “Cristo está me chamando?”, “se Ele me chama, qual a minha resposta?”. Tenha coragem de romper com qualquer tipo de medo que  te paralisa, e, corajosamente, arrisque-se na busca da vontade de Deus para sua vida, pois é ela que  te trará verdadeira realização!

Que Nossa Senhora interceda por nós para que, como São Mateus, possamos responder ao chamado de Seu Filho e não deixá-Lo esperando por uma resposta nossa.

Matheus Bay de Melo

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